domingo, 15 de agosto de 2010

Agulhar

desenho: paul c.


Agulhar

Paul Constantinides


Estar farto é sempre estar cheio
Não há novidades que insaneiem
A geléia é a mesma
E os ratos confabulam
Suposta superioridade

Há decerto nas estrelas
Os encantos reparados
Há a rapidez das notícias do dia
Que circulam nos jornais
Amassados e reciclados

Está tudo moído
De um mesmo modo que eu
Fazendo parte de uma estatística
Onde minha força de opinião
É aquele 0,001%
Cantado pela maioria
Esmagadora

Mudemos o dial
E veremos o fuso das horas
Enlouquecidas pela inoperância

Meus caros
Há duas portas
No fim do corredor
Vamos sair logo
deste hospicio

segunda-feira, 3 de maio de 2010

deixe o menino ao vento

paulpoeta


Deixe o menino ao vento

Deixe o menino ao vento

Deixe o menino ao vento

Virar ao mar


Deixe que a bola o apanhe

Que logo ela a pega e a tange

Na área corrente avante

Torce , come e range

No vento a singrar


Deixe o menino ao vento

Deixe o menino ao vento


Cabelo aerodinamico

A cara de indio moicano

Mulato latino e candango

Deixem suas pernas finas

Deixem seu sangue quente

No campo verde jorrar


Deixe que ele goleia

Deixe que ele derrota

Deixe que ele encaixota

Com todos seus dribles insanos

Que de tantos encantos

Encanta a terra e o ar


Deixe que ele incendeia

A candeia de muitos milhões

Que sua camisa Alvinegra

Navegante entre duas estrelas

Se torne a verde e amerela

E traga a todos turbilhões

A taça que nos congrega

E nos faz campeões.

terça-feira, 30 de março de 2010

Bumbo




recentemente tive um reencontro caloroso com amigos que não via entre 30 a 10 anos.
retomamos nossa convivência desafiando o tempo; como se nada mudasse.
escrevi um samba pros amigos de longa data.



BUMBO
(paul poeta)

Amigo meu
De longa data
Contigo prezo
Compartilhar
O quanto me contenta
A sua boa praça
A graça ao me criticar
Servir-me Brahma na mesa
Sorrisos, dentes a brindar

Amigos de longa data
O tempo a nos comemorar

Amigo meu
De longa data
O quanto te prezo
Quanto prazer
Ao te escutar
Falar da vida,
Da dor com alegria
O Paulo Coelho esculhambar

Estrela primeira do fim de tarde
Sobre as cabeças a despontar
Insiste o bumbo da amizade
Força no peito a pulsar

segunda-feira, 15 de março de 2010

Nem Todo o Dia o Sol Brilha


Musica que compus numa madrugada em Miami em 2009.
Confessadamente inspirada em Cartola, mas pensando muito num momento
delicado de minha vida.
Usei o programa CakeMusic para registrar minha voz em dueto; e trecho invertido de uma musica do Bola Sete.

ps: desculpem-me o desafinamento, não sou cantor.

“Nem Todo o Dia o Sol Brilha”(Paul Poeta)



domingo, 14 de março de 2010

salva

Ontem,dia 13 de março, na primeira hora da manhã visitei o blog Outras Bossas, da cantora e compositora Joyce Moreno e li o post Aventurando ( http://outras-bossas.blogspot.com/).

Depois de lê-lo escrevi a esta letra.

SALVA

paul constantinides .

13.03.2010. 07:04 hs.

Se você pedir socorro eu corro

Peito aberto ao mar eu morro

De medo de modo e acaso

No leito do teu desabafo


Se você pedir socorro eu corro

Te trago um colírio pro olho

Um beijo de amor um afago

Uma flor plantada num vaso

Um lápis de cor de canário


Se você pedir socorro

Eu corro até a luz

Que se vê

Do fundo do poço

Eu trago-te a aguá

e um regalo

Um largo sorriso

O estalo

O laço do amor

O fogo do Olímpio

A beleza da paz

Resplancendente

De um rio.